Um poema incompleto
a fruta suculenta
que alaga os pulmões de plenitude
o ar que dói os peitos
de tanto respirar
o sol quente amarela bola
queimando até a profunda artéria
a música do mar
cantando os velhos encontros
os pés doídos das corridas
o ar que lambe o corpo de amor salgado
desintegrar-se na paisagem
ser com a Terra cada átomo
a felicidade violenta e sufocante
direito de Deus a todos os bichos e coisas
ali na esquina do futuro.
Mas que por ser assim
futuro
é igual fiado dos botecos:
só amanhã.
18/11/2016
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