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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Coda

Escuta o lá do oboísta pra afinar o violino. Já brilha o olho do menino! Esperamos começar. O elenco já está pronto, agora é só abrir o pano (e, pra sair tudo no plano, pode até improvisar). Os atos foram se passando; que grande alma preveria que tanta dose de geometria seria em corpo obra de arte? Vê os primeiros bailarinos: em nervosismo de cochia, o holofote os desafia a levar-nos a loucura. Com ar de quem se exibe, entram pra fazer a coda. Ele pula e gira em roda, ela faz os 32! E, como a última impressão é a que fica, fecha tudo com um sorriso bem aberto (grita por dentro "Tudo certo!") numa quarta bem bonita.

A plateia berra bravos e quem lhes dera ter mil flores, pois não há quem não morra de amores por cada um que fez a noite.